quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lazer


Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias)

A opção do Lazer é subjetivo, de acordo com o interesse, cultura e sociedade.

Apesar da polêmica sobre o conceito, a tendência que se verifica entre os estudiosos do lazer e no sentido de considerá-lo tendo em vista os dois aspectos - tempo e atitude. Portanto, como uma atividade de escolha individual praticada no tempo disponível e que proporcione determinados efeitos, como o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvimento da personalidade e da sociabilidade. Marcellino, 2003, pág. 31

Carrinho de rolimã

Não se sabe ao certo quando surgiu o carrinho de rolimã, mas com certeza ele era um brinquedo bastante utilizado por nossos avôs. Com apenas um caixote ou um pedaço de tábua e rolimãs, todos podem ter seu carrinho e se divertir pelas ruas.

Com o crescimento das cidades, esse tipo de brinquedo foi sendo abandonado, mas deu origem a outros. Hoje em dia, em seu lugar, usam o skate, o patinete e o street luge(espécie de skate maior que o tradicional em que o atleta desce pelas ruas deitado e cuja prática já se tornou uma modalidade esportiva).

Patriarca, Rua de Lazer

Segundo Camargo

Algumas pessoas dizem que o trabalho é sua principal diversão mesmo quando dispõe de alternativas e as aproveitam. São alguns privilegiados (artistas, artesões, atletas, profissionais, executivos e empresários).

Os atletas de street luge através de uma brincadeira prazerosa se tornaram profissionais, porém muitos não perderam o prazer da pratica desse esporte, mesmo tendo certa exigência de vencer as competições.

A Subjetividade

Pensar o lazer apenas em relação com a atitude que o indivíduo tem com a atividade dificultaria também a sua compreensão. Se, desta forma, o tempo não fosse considerada, toda e qualquer atividade inclusive o trabalho, poderia ser compreendido como lazer desde que fosse prazeroso para o indivíduo. Pensando assim correr-se ia o risco de ingressar num excessivo relativismo ou num exagerado subjetivismo, já que, em ambas as situações – dependendo do contexto cultural e do interesse individual -, todo tipo de atividade poderia ser considerada lazer, assim como nada poderia ser identificada como lazer. Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235

Temos o dever de explorar novas praticas e dimensões, usar a criatividade buscando materiais alternativos. O carrinho de rolimã iniciou de maneira alternativa, prazerosa, um lazer, hoje através dessa prática há esportes de alto rendimento.

As mudanças na sociedade apontam para uma profissional para atuar “na areia movediças” , como diz Imbernón(2000), nas incertezas. A filosofia dos trabalhos voluntários atuais norteia o mundo do trabalho e a tendência solidaria que aponta novos horizontes. (Marcelino, Nelson Carvalho. Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 32)

Encontramos também o Lazer ao vivênciar a prática do Judô com e sem os Olhos Vendos.
Apesar dessa vivência ter como finalidade um trabalho academico, foi encarado como um lazer, um Jogo Lúdico, repleto de prazer. E as características Lúdicas ficaram explicitas, como Prazer, Divertimento, espontaneidade, seriedade, tempo e espaço definido, houve ritual e regras. Esta vivencia foi muito praseirosa, quando estava sem a venda nos olhos encarei apenas como jogo divertido, ao vendar os olhos senti um certo medo, porém aumentou a minha competitividade. " A luta permanente pelo prestigio que é um valor fundamental abrangendo tanto o direito quanto o poder". (Huizinga, 2004 pág.107). A reverência que é feita anterior a Luta é da cultura oriental, não apenas nas Artes Marciais mas na vida cotidiana. “Conseqüentemente, atuar no corpo implica atuar sobre a sociedade na qual esse corpo está inserido”. Daolio, Jocimar – Da Cultura do Corpo.

Quer se trate do corpo de outrem, ou quer se trate do meu corpo não tenho outro modo de conhecer o corpo humano se não o de vivê-lo, isto é de assumir por minha conta o drama que me atravessa, e confundir-me com ele. (Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52)”.

A deficiência visual Não impede a pratica do Judo. "
Na verdade é necessário fazer ajustes em alguns procedimentos, organização e adaptações de certos jogos e brincadeiras a fim de oportunizar ao deficiente visual a prática de atividades desportivas". Pereira de Souza, Ramon e Campos, Darlan. Revista de Educação Física, pág 51, n° 142

Referências Bibliográficas:
Pereira de Souza, Ramon e Campos, Darlan. Revista de Educação Física, pág 51, n° 142

(Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52)”.

Daolio, Jocimar – Da Cultura do Corpo.

Dumazedier, 1976, apud Oleias.

(Marcelino, Nelson Carvalho. Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 32)

Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235





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