sábado, 12 de junho de 2010

2ª Avaliação


Human Motions de Peter Jansen
Thomas Flair
Poliamida 34 x 27 x 31 cm
2007

O artista holandês Peter Jansen expõe em suas esculturas, moldadas em poliamida, metal ou bronze, formas do corpo humano, que causam espanto e estranheza ao detalhar cada frame de movimento. Ao analisar essa magnífica escultura, notei a relação explícita com a Educação Física, relacionei tal movimento, as danças de break, (também conhecido como Breakdance) que é uma cultura corporal de movimento, um estilo de dança de rua, parte da cultura do Hip Hop criada por afro-americanos e latinos nos Estados Unidos. O Break é executado através de gestos bruscos e por vezes acrobáticos, dos quais se destacam os movimentos ondulatórios do corpo, a rotação do corpo apoiado apenas na cabeça ou nas costas, os movimentos das pernas tipo moinho de vento ou arrastamento dos pés.

“A dança proporciona a seu praticante o desenvolvimento da autoconfiança, cria socialização e divertimento, estimula a circulação sangüínea, desenvolve capacidades físicas básicas, como coordenação motora, agilidade, flexibilidade, resistência muscular e ritmo, melhora o sistema cardiorrespiratório, diminui o estresse, queima de calorias, além de desenvolver a percepção corporal, melhorando até mesmo a auto-imagem do ser humano”.(Lomakine, 2001, p.12). Inicialmente, o break era utilizado como manifestação popular e alternativa de jovens para não entrar em gangues de rua (assim como assistimos no filme “Escritores da Liberdade". Atualmente, o break é utilizado como meio de recreação, pois o mesmo proporciona o divertimento e prazer, pode ser considerado um jogo Lúdico, pois existem regras, liberdade, espontaneidade, seriedade, prazer, divertimento tensão, tempo e espaço definido... "Devemos, portanto, limitar-nos ao seguinte: o jogo é uma função da vida, mas não é passível de definição exata em termos lógicos, biológicos ou estéticos". (Huizinga, 2004,). O break também é um Lazer pois assim como cita Marcelino Apesar da polêmica sobre o conceito, a tendênia que se verifica entre os estudiosos do lazer e no sentido de considerá-lo tendo em vista os dois aspectos – tempo e atitude. Portanto, como uma atividade de escolha individual praticada no tempo disponível e que proporcione determinados efeitos, como o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvmento da personalidade e da sociabilidade”. (Marcellino, 2003, pág. 31). O break pode ser também um Jogo Cooperativo, classificado como " Jogo Cooperativo sem perdedores" conforme Terry Orlick, 1989. "Podemos vivenciar os jogos cooperativos como uma prática re-educativa, capaz de transformar nosso condicionamento competitivo em alternativas cooperativas para realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar os conflitos" (Brotto, 1999) . Porém também pode ser (competitivo) visando o auto rendimento, a vitoria nas batalhas (Luta) o objetivo é derrotar o oponente, sendo mais criativo e inovador nos movimentos da dança. “ A Luta permanente pelo prestigio que é um valor fundamental abrangendo tanto o direito quanto o poder”.(Huizinga, 2004, pág 107).



Por qual motivo então não observamos a dança presente nas aulas de Educação Física?

Seguimos uma determinada cultura, onde não existe o questionamento, vivemos na "zona de conforto", apenas recebemos informações e as reproduzimos. Muitos professores de educação física ainda seguem esse mesmo padrão, e reproduzem apenas o famoso X BOL (futeBOL, VoleiBOL, handeBOL...). Tenho uma outra visão sobre o "ensino e Educação Física", pois assim como indaga Oliveira... O que é mais importante: A técnica ou a pessoa? Modelar ou formar? A disciplina ou a participação? Domesticar ou educar? (Oliveira, 1995 p. 10), acredito que temos o dever de questionar, buscando respostas, conteudos, pois o importante é entender os conceitos (Conceitual), Procedimentos (Procedimental), atitudes (Atitudinal), e vivenciar diferentes culturas corporais, não visando o auto-rendimento mas sim a participação.

“Entretanto, poucas investigações em Educação Física olharam para os professores como agentes sociais e para sua prática como determinada culturalmente.” , “Por que, como elementos sociais que são, esses professores traduzem, em sua prática docente, determinados valores segundo a forma como foram educados, como foram preparados profissionalmente, segundo a escola que trabalham...” (Daolio, 1995 pág 17).

A dança é uma expressão corporal, constituída de movimentos e ritmo, Segundo Oliveira, Educação Física é Educação do movimento, educação pelo movimento, educação do corpo, cultura do físico e esporte. Qualquer outra nomenclatura entrará no campo de atuação da educação física. A característica essencial da educação física é o movimento. (Oliveira,1995 p. 104).
A expressão corporal como arte é onde transmitimos noss
os sentimentos e emoções com o corpo. Segundo a autora Merleau-Ponty "Como na obra de arte, nosso corpo é um nó de significações vivas", cuja compreensão, "não é da ordem do eu penso, à maneira do cogito cartesiano, (dualidade, mente/espírito e corpo) mas do eu vivo, eu sinto, eu amo". “Quero dizer com isso que para entender o corpo não basta apenas falar dele. O corpo, tal qual o percebo, deve ser entendido não através de qualquer visão departamentalizada das ciências, mas na riqueza de sua totalidade que se transforma na dimensão verdadeiramente humana e histórica”. (Medina, João Paulo Subirá. Pág. 91)
.

Referências Bibliográficas:
  • Marcellino, Nelson Carvalho. Lazer e Educação. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 31
  • HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. Editora: Perspectiva, São Paulo, 2004, 5º ed. 256 p.
  • (Huizinga, Johan. Homo Ludens – O jogo como Elemento da Cultura. Editora Perspectiva S.A., São Paulo, 2004, 5ª edição, pág 107).
  • (Huizinga, Johan. Homo Ludens – O jogo como Elemento da Cultura. Editora Perspectiva S.A., São Paulo, 2004, 5ª edição, pág 10).
  • Marion Dullius. Alegria de Dançar, A. Editora AGE,1999 Vol 1. Edição, pág 17
  • Oliveira, Vitor Marinho. O que é Educação Física?. 1995 p. 104
  • LOMAKINE, L. Dança como contribuição para qualidade de vida, Informe Phorte. São Paulo. Ano III, n.09, p.12, 2001.
  • Medina, João Paulo Subirá. O brasileiro e seu Corpo. Editoria Papirus, Campinas, 1990. 2ª. Edição. Pág. 91)
  • Oliveira, Vitor Marinho de. O que é Educação Física? 1995 p. 10
  • Daolio, Jocimar. Da Cultura do Corpo. Editora: Papirus, 1995.pág 17.
  • Terry Orlick - Vencendo a Competição - Círculo do livro – 1989
  • Fábio Otuzi Brotto - Jogos Cooperativos - Se o Importante é Competir, o Fundamental é Cooperar - Projeto Cooperação - 1999 - 2ª edição.






sábado, 5 de junho de 2010

Ginástica


Todos os movimentos ginásticos, evoluíram a partir dos movimentos mais naturais do ser humano que anda, corre, salta, arremessa, trepa em árvore, vira cambalhota e mais uma infinidade de outros conforme a necessidade de momento. è considerado Ginástica:
Ginastica Acrobática, Rítimica, Artistica, Laboral, Aeróbica, Alongamento, Step, ABS, Jump, Bike, Hidroginástica, Musculação Entre outros...
Vivenciamos a ginastica de forma lúdica, foi muito divertido, só percebemos que estavamos fazendo ginástica quando paramos para analisar. Observando que tais práticas não estão presentes nas unidades de ensino por falta de interesse, comodismo ou até mesmo falta de criatividade.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lazer


Lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (Dumazedier, 1976, apud Oleias)

A opção do Lazer é subjetivo, de acordo com o interesse, cultura e sociedade.

Apesar da polêmica sobre o conceito, a tendência que se verifica entre os estudiosos do lazer e no sentido de considerá-lo tendo em vista os dois aspectos - tempo e atitude. Portanto, como uma atividade de escolha individual praticada no tempo disponível e que proporcione determinados efeitos, como o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvimento da personalidade e da sociabilidade. Marcellino, 2003, pág. 31

Carrinho de rolimã

Não se sabe ao certo quando surgiu o carrinho de rolimã, mas com certeza ele era um brinquedo bastante utilizado por nossos avôs. Com apenas um caixote ou um pedaço de tábua e rolimãs, todos podem ter seu carrinho e se divertir pelas ruas.

Com o crescimento das cidades, esse tipo de brinquedo foi sendo abandonado, mas deu origem a outros. Hoje em dia, em seu lugar, usam o skate, o patinete e o street luge(espécie de skate maior que o tradicional em que o atleta desce pelas ruas deitado e cuja prática já se tornou uma modalidade esportiva).

Patriarca, Rua de Lazer

Segundo Camargo

Algumas pessoas dizem que o trabalho é sua principal diversão mesmo quando dispõe de alternativas e as aproveitam. São alguns privilegiados (artistas, artesões, atletas, profissionais, executivos e empresários).

Os atletas de street luge através de uma brincadeira prazerosa se tornaram profissionais, porém muitos não perderam o prazer da pratica desse esporte, mesmo tendo certa exigência de vencer as competições.

A Subjetividade

Pensar o lazer apenas em relação com a atitude que o indivíduo tem com a atividade dificultaria também a sua compreensão. Se, desta forma, o tempo não fosse considerada, toda e qualquer atividade inclusive o trabalho, poderia ser compreendido como lazer desde que fosse prazeroso para o indivíduo. Pensando assim correr-se ia o risco de ingressar num excessivo relativismo ou num exagerado subjetivismo, já que, em ambas as situações – dependendo do contexto cultural e do interesse individual -, todo tipo de atividade poderia ser considerada lazer, assim como nada poderia ser identificada como lazer. Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235

Temos o dever de explorar novas praticas e dimensões, usar a criatividade buscando materiais alternativos. O carrinho de rolimã iniciou de maneira alternativa, prazerosa, um lazer, hoje através dessa prática há esportes de alto rendimento.

As mudanças na sociedade apontam para uma profissional para atuar “na areia movediças” , como diz Imbernón(2000), nas incertezas. A filosofia dos trabalhos voluntários atuais norteia o mundo do trabalho e a tendência solidaria que aponta novos horizontes. (Marcelino, Nelson Carvalho. Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 32)

Encontramos também o Lazer ao vivênciar a prática do Judô com e sem os Olhos Vendos.
Apesar dessa vivência ter como finalidade um trabalho academico, foi encarado como um lazer, um Jogo Lúdico, repleto de prazer. E as características Lúdicas ficaram explicitas, como Prazer, Divertimento, espontaneidade, seriedade, tempo e espaço definido, houve ritual e regras. Esta vivencia foi muito praseirosa, quando estava sem a venda nos olhos encarei apenas como jogo divertido, ao vendar os olhos senti um certo medo, porém aumentou a minha competitividade. " A luta permanente pelo prestigio que é um valor fundamental abrangendo tanto o direito quanto o poder". (Huizinga, 2004 pág.107). A reverência que é feita anterior a Luta é da cultura oriental, não apenas nas Artes Marciais mas na vida cotidiana. “Conseqüentemente, atuar no corpo implica atuar sobre a sociedade na qual esse corpo está inserido”. Daolio, Jocimar – Da Cultura do Corpo.

Quer se trate do corpo de outrem, ou quer se trate do meu corpo não tenho outro modo de conhecer o corpo humano se não o de vivê-lo, isto é de assumir por minha conta o drama que me atravessa, e confundir-me com ele. (Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52)”.

A deficiência visual Não impede a pratica do Judo. "
Na verdade é necessário fazer ajustes em alguns procedimentos, organização e adaptações de certos jogos e brincadeiras a fim de oportunizar ao deficiente visual a prática de atividades desportivas". Pereira de Souza, Ramon e Campos, Darlan. Revista de Educação Física, pág 51, n° 142

Referências Bibliográficas:
Pereira de Souza, Ramon e Campos, Darlan. Revista de Educação Física, pág 51, n° 142

(Medina, João Paulo Subirá – O brasileiro e seu corpo. Editora Papirus. Campinas. 1998. 5ª. Edição. Págs 51 e 52)”.

Daolio, Jocimar – Da Cultura do Corpo.

Dumazedier, 1976, apud Oleias.

(Marcelino, Nelson Carvalho. Formação e desenvolvimento de pessoal em lazer e esporte. Editora Papirus, Campinas, 2003, pág. 32)

Stigger, Marco Paulo. Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Editora Autores Associados, Campinas, 2002 pág 235